domingo, 22 de maio de 2011

Se Essa Rua Fosse Minha!


Eu ordenaria deixa-la em péssimo estado de conservação para você passar mais Devagar e assim eu obter o poder de observá-la por mais tempo dia após dia. Não sou dono de uma rua, de uma avenida e muito menos do seu coração porém quando for, irei voltar-me a ti e perguntar: O que fizemos quando um sonho vem a tornar-se realidade?
Hoje estou igual aquele pequeno rio que perde-se sob o grandioso mar parecendo aquela gota que cai no aquário. Lá na rua o telefone toca ao meio de pedaços dos quais partes são de corações abandonados e romanticos sem abrigo e calor. Em meio a pedaços de passáros novos longe de seus próprios ninhos. Quem sabe ela passe do meu lado e eu diga "Oi Amor" ou talvez ela nem passe ou em nem diga oi e muito menos amor. Posso conhecê-la junto ao mar em noite de lua ou até mesmo sob a chuva de um temporal com muito vento, escondidos embaixo de uma cobertura em uma rua íngrime para amenizar a dor dos pingos da chuva e o frio vindo do litoral. Podemos nos encontrar à noite e simplismente passear por ai e no outro dia, ficarmos presos na porta do banco por causa de nossa enorme aliança de bodas de diamante. É estranho, temos que nos apaixonar todo dia para ter uma certa motivação e assim, viver mais um dia.
Derrepente um alguém olha pra você e diz: "Eu gosto de Você também" e, assim, começam grandes, eternos ou até mesmo amores semanais quando esse alguém vai embora cedo demais. Hoje estou aqui no meu trabalho, porém meus amigos estão longe em um dia de chuva, outros sob a lua e outros sob o sol no outro lado do mediterrâneo e o resto nao sei dizer. Aquela tardes que não passamos juntos nunca foram iguais. Ja diria a musica: " Não sou escravo de ninguém" porém meu coração está indo defronte a lei e sendo escravizado por alguém sem nome, telefone e endereço perdendo a sela, lutando contra espadas e escalando a torre do castelo para aplicar um beijo eterno à princesa.
Ao entrar no castelo não encontrei a princesa mas tenho certeza que não me perdi e sim que ela me abandonaste. Chegar em casa e ver apenas um prato na mesa é triste porém estou acostumando-me com o silencio em casa e naquele porta retrato tem apenas o vidro e o lugar disponível para uma imagem que não poderia ser descrita nos maiores contos e enredos existentes na atualidade. Lá fora a cidade dorme emudecida pela escuridão de uma noite de lua escondida pela neblina trazendo consigo um frio imensurável. As estátuas estão pintadas pela geada de um frio repentino de maio e o ruído é só o vento que movimenta-se incansavelmente dentre os postes e janelas. O sol irá nascer para todos porém meu dia fica escuro sem você. Quase me convenceram que eu poderia mudar o mundo sem tentar mas alguém chegou e roubou minha coragem e minha vontade aplicando-me um sedentarismo descontente trazendo uma dor de um desejo de não sentir dor nem saudades. Hoje em dia eu ando meio distraído pensando nas chances que podemos ter, e, nas vezes que temos as respostas mas aplicamos um temor de falar ou quando temos a coragem repentina de três segundos porém nao nos vem as palavras. Hoje em dia o que precisamos é provar que não precisamos provar nada à ninguém sem se preocupar com o porquê disso ou daquilo que nos cerca ou até mesmo algo que afasta-me de Você. Sou um leão enfurecido e apego-me facilmente ao meu desejo ofegando contra quem ousar afastar-me de fazer algo que quero e tentando me obrigar à fazer algo que não quero. Dia após dia eu busco meu equilíbrio nas mais louca insanidade trazendo para mim o beneficio de não encontrar beneficiencia nas mais insanas possibilidades. Antigamente eu sonhava mas hoje eu já nao durmo mais, tenho medo de sonhar com a vossa pessoa e no outro dia perder a sua imagem que vem em minha cabeça nos momentos mais lúcidos de uma extrema loucura. Todos esperam respostas que não sei, até penso duas vezes porém no retrato falado eu não consigo falar para relatar meu sorriso bobo anexado à um soluço no qual aplica-se o caos para seguir em frente com a mais enfurecida calma do mundo.
Todas as manhãs abro os olhos ao despertar do som chato explicito pelo celular mas não sinto vontade de levantar. O Frio toma conta de meu corpo ao jogar as cobertas ao lado sentindo que você ja levantou sem ao menos deixar um bilhete como nos filmes. Acordo e fecho a porta do meu quarto atendendo o telefone que toca logo cedo, é alguém da operadora fazendo-me esquecer de todos os sonhos que tive na noite passada e não é com esse alguém que desejo falar por horas e horas. Retiro-me de meu quarto indo até ao lavabo para aplicar um dose de água dentro de meus olhos incolores domados pelo sono. Arrumo-me e acelero em direção à lugar algum sem destino, sem medo e sem frio onde os termômetros marcam Graus negativos, as mãos vem a soar por dentro da luva e o coração mantém-se como uma pedra de gelo sustentado pelo frio imensurável que eu não sinto. Chego ao meu local de estudo e vejo que nada é diferente e ainda assim sinto-me sozinho por não ter alguém para conversar e desabafar sobre a noite que passou e vejo que o dia não é o mesmo dia após uma noite incessante tomada pelo gás carbônico dos veiculos monólogos da madrugada. Amanhã irá nascer o sol, provavelmente não irei mais lhe ver e dia após dia irei amargurar a saudade de alguém que não conheci como poderia.

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