segunda-feira, 25 de março de 2013

Moço, Moça.


...Moço, quero saber o que ainda vive aqui de nós dois, porque ontem eu dancei sozinha na cozinha e não ouvi você reclamar de como eu danço mal, e nem senti me pegar pelos ombros e dançar comigo rindo. Me fale a verdade moço, não encontro teu cheiro durante o banho, nem vejo tuas roupas jogadas no chão do quarto. O beijo foi de despedida mesmo? Porque tem dias que eu não acredito que você foi, ou eu finjo não saber...

Noite nem tão fria assim.
...Deixei-a dançar sozinha pois não era a nossa musica que pairava por dentro daqueles discos já gastos conforme nossos sapatos de dança. Tenho medo moça, de magoa-la e não poder dedicar todo o amor que você merece, pois você merece o mundo, o universo e todas as suas constelações. Olha pra mim, moça, não diga nada, só contemple o brilho dos meus olhos cujo tais a causa é você. O Teu cheiro está em mim, invadindo sem querer meus pensamentos que hoje já nem saem mais dos teus olhos e da sua boca. O beijo não foi de despedida, tentei afastar-me mas aqui, só faço é pensar em você. Logo, moça, estarei aí para pegar-te nos braços e dizer que tu vais ser pra sempre minha e novamente deitaremos sob a noite cheia de lua cheia contando as estrelas, planejando o inverno, os próximos invernos...

sábado, 23 de março de 2013

Clichês Efêmeros.

...Noite Fria, por volta de uma meia madrugada, garoa fria tomara conta das ruas já desertas, devido ao horário, adentrei-me ao PennyBaker, pub de renome na pacata cidade onde poderosos costumam varrer a madrugada com seus jogos em silencio nas suas altas apostas, por hora, dirigi-me ao bar e com um leve sinal, contemplei ao garçom uma boa e velha dose de um Whisky de maior idade.
  - Talvez possa me ajudar, Procuro uma dama - indaguei ao já cansado servo que aos bêbados servia.
  - Todos procuramos - respondeu o senhor de meia idade.
  - Esta é especial, conhece? - mostro-lhe a foto.
  Sem delongas, respondeu - Conhecer? estou vendo-a neste exato momento. - mirando seus olhos escuros à porta principal.
...Degustando de uma segunda dose, movimento o corpo quente ao lado oposto do palco, almejando a porta principal e avistando-a, boquiaberto.
Ela portara um vestido preto longo, ombros a vista deixando transparecer a exuberância de sua pele levemente morena e sedosa, seus pés Exibiam um par de Aldo´s, por volta de doze centímetros dando a mesma um leve toque de altura extra. Ainda sem movimentos, como se o tempo tivesse parado alguns instantes, lá estava eu contemplando sua beleza, vendo o leve balanço de seus cabelos e, com tal movimento, ela dirigia-se ao bar desejando uma dose do meu velho amigo de maior idade.
...Mirei meus olhos nos seus e sem deixar a ansiedade tomar conta deste corpo cansado, tornei a degustar de minhas doses quentes das quais eu já desprendia-me de minha gabardine cor de couro sobrepondo-a em cima do balcão. Aquele momento começamos uma tímida conversa onde o mundo poderia acabar e eu continuaria a contemplar o movimento daquele belo par de lábios de onde saiam palavras doces e uma leve fragrância de Whisky. Meu cérebro pensava em apenas uma coisa, onde ela esteve por toda a minha vida. Lá fora o vento assoviava por dentre as vielas e souvenires. O Tempo voara, o velho relógio com marca de conhaque pregado na parede marcara mais de cinco horas, a pintura dos carros encostados na quinta avenida brilhava devido a umidade que por cima pairava. Em meio a despedidas, abri a porta do carro para ela que, na plena solidão, saiu dirigindo um sedan escuro com meus olhos acompanhado-a até virar na próxima esquina, enrolei-me na gabardine protegendo-me da leve neblina, já aquecido pelo calor que em meu coração continha, levando sangue para o cérebro, cujo tal fazia questão de lembrar das poucas palavras que ali dentro trocamos, andei pelas ruas até chegar em meu humilde apartamento, adentrei e adormeci pensando naqueles lindos olhos castanhos e apreciando o perfume dela que levemente ficou em minha roupa. 

sexta-feira, 15 de março de 2013

O Moço, e, A Musa.

 - E calmamente fui aproximando-me sem que ninguém percebesse, levantando aos poucos e avistando-a. Ela, que na exuberância de sua pouca altura, trançava seus cabelos negros e com seu jeito cativante servia-me de inspiração para os dias nos quais pusera-me de olhos abertos tentando ver o mundo de outras maneiras. Musa de um outro qualquer, gentilmente nutri seu coração - que por hora triste pairava - com sentimentos oportunos e objetivo de acender o mesmo, soprando as brasas até virarem um incêndio de sentimentos banhados com amor, roubando a musa de uma longa história, trazendo-a para o meu mundo.
Pode ser que para o roubo de uma musa caiba uma pena rigorosa, talvez de 5 a 10 anos na prisão mitológica de um mundo literário, cujo tais penas não importariam-me desde que ela venha a estar em meus braços beijando-me.


 22:38. Noite fria.
- Moço, essa musa mitológica literária de quem diz ai encima, é real, e não é tão musa assim. Faço das tuas, minhas palavras e deixo que me roube. Me leve pro teu mundo e me tire dessa tristeza que escorre pelos olhos e mancha a pele. Me arranque o ar e me traga de volta quando cansar. Mas por favor, não canse moço. Poetas como você merecem mais do que uma simples mortal tentando escrever sentimentos em prosa. Mas me pegue, me leve. É o que posso oferecer agora.


Recomendo: http://keelitah.blogspot.com.br/