sábado, 5 de junho de 2010

Tempos de Piá.


Gosto de lembrar da Minha infancia, tão diferente dos tempos de Agora. As brincadeiras eram mais animadas, tinhamos tempo para Tudo. Principalmente para as brincadeiras. Aquele tempo, as tardes eram maiores, o ar nao era tão poluido, carro passava um por Semana na frente de casa, cuja tal era estrada de chão, era o Padre vindo no domingo de manhã pra rezar a Missa na Paróquia. Naquela época, as mães que faziam comida - E o aroma da comida da Mãe é inconfundivel- fogão a lenha passava aceso o dia inteiro, inverno e verão. Embaixo do fogão tinha uma chapa de aluminio pra quando as brasas caissem nao queimassem o chão de madeira Vernizado que estalava quando acordava de madrugada. Brincar em casa só se tivesse chovendo, o negócio era correr na rua, onde tinha até um campinho de terra em um lote baldio, que jogavamos um futebol, com a famosa bola de Capotão. Do nosso tempo brincávamos de esconde-esconde, stop, jogava taco, peteca de palha de muilho com a pena do rabo do galo mais bravo que a vó criava solto no quintal. Quintal aquele que era mais limpo que asfalto em dia de chuva, de tanto que a vó varria. A gente era antigo mas nao era burro. Quando, por um acaso ocorria alguma briga, a gente resolvia do nosso jeito, nao ficavamos envolvendos os pais no meio. Se o pai fosse chamado na escola entao, quando chegava em casa era briga e castigo, uma semana sem sair pra brincar, quase morria. O Maximo que saia quando tava de castigo, era na área de madeira, que a mae e a vó tomavam chimarrão, onde tinha um cepo, farquejado no Machado, que o pai pendurava o bodoque, feito de borracha de camara de pneu, pra espanta os gatos que vinham pegar os passarinhos na quirera. atrás da casa tinha um balanço feito de um pneu de trator pequeno, virado com os arame pra fora e duas cordas penduradas no Cepo da parreira. Aqueles pés de Laranja de umbigo, que a gente colhia antes do café, geladas com o Frio da Geada, o leite quente tirado da vaca Estrela com aquele café passado no coador de Pano, direto no bule em cima do fogão a lenha. A noite, ouviamos historias ou ficavamos olhando os adultos jogarem truco, a diversão era também, pegar vagalumes e colocar dentro de vidro, pra usar de lanterna. Domingo de Manhã eu ia na Venda da esquina, comprar coisas pra Mãe, e de brinde sempre ganhava um suspiro, Rosa ou branco, uma teta de Nega, ou quando o seu joão tava de bom humor, ele mandava um sorvete seco de Presente. Eu pegava o balão do sorvete seco e meu irmão, mais velho, ficava com o Sorvete. Naquela época nao tinha internet, o Maximo que tinha era uma maquina de Escrever, que escrevia em vermelho e Preto, lançamento da Época, onde faziam cursos de datilografia. Os mais ricos tinham uma Máquina de bater foto, de filme ainda. As fotos eram tiradas pra recordação, e não pra colocar no orkut. Meu sonho de Natal era ganhar um brinquedo da Estrela, quando ainda acreditavamos em Papai noel. O Pai tinha uma Cg Bolinha, Azul, a primeira da Cidade, cuja qual eu andava em cima do Tanque, e na época, o nosso chevette verde era lançamento. Tamagushi, thundercats, caverna do Dragão, ursinhos carinhosos e Tv cruj - Frango Companheiros - chapolim colorado faziam-nos felizes de manhã, deitado na Sala tomando o leite com toddy ou Neston, os quais colecionavamos latas pra tirar foto no dia do Aniversário. Nao, nao tinha leite Nam na época. Uma vez por semana iamos pescar, de Moto. Eu no tanque, o pai de piloto, e meu irmão entre o pai e a Mãe em cima da Moto, as varas de pesca eram amarradas no mata-cachorro da moto. Fico pensando, e essa geração de agora, jamais terão o gosto de viver o que vivemos nas décadas passadas, quando água, só tinha no poço.

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