sábado, 3 de março de 2012

Louco, Poeta e Amante.


Certa noite, deitado no colo de alguem, com cabelos lisos e olhos negros, ou melhor, castanhos e claros, olhando para o céu limpo e puro, com o seu brilho ofuscado pela fumaça de um Marlboro de dez em dez segundos. Nuvens invadiam o céu e ao mesmo tempo sumiam, um vento calmo tocava o interior de meus pulmoes, o sangue corria normalmente quando ao continuar olhando pro céu, visto foi um risco de brilho que muitos diriam ser uma estrela cadente, outros dizem ser um meteoro. Bom, mas como prega a lenda, o certo seria fazer um pedido, e eu fiz. A cuja estrela cadente, eu pedi apenas você, com esse seu jeito louco de viver a vida, sem medos e sem reservas, adorando desafios. Ao mesmo momento me veio uma certa duvida, será que é voce quem eu tanto esperava, o que te prende de me mostrar quem é voce, o que te paralisa mesmo sabendo que sao dois olhos lindos como os seus que irão me fazer cruzar a divisa. Voce tenta ficar muda, faz cara de mistério e eu só de bermuda testando desvendar o mistério que esses labios guardam. O frio batendo na janela do meu quarto, eu aqui sozinho com meu violão, ensaiando palavras para te dizer quando à encontrar. Gosto de seus abraços no frio, como se o meu aniversário fosse dois de abril, voce tentando explicar coisas para mim entender, o seu perfume ao vento me fazia entender, me faz sentir perto de um céu azul marinho. Não consigo dormir, quando deito pareço sonhar com seus labios, e seus olhos fixos nos meus, eu fico aqui trancado nesse quarto frio tentando imaginar como seria ter voce do meu lado e nao apenas em imaginações. Essa noite, eu deixo me guiar sozinho pelo sonho que me resta quando eu só queria viver este sonho contigo, deixo-me a sonhar. É, mais uma vez estou eu aqui falando de amor, eu que jurei nao mais falar nem escrever sobre essa palavra. A culpa é sua, voce acendeu novamente a minha vontade de amar alguém, com esse seu jeito de levar a vida. As incertezas rodeiam o meu corpo, o cansaço de procurar alguem, alguém que nao existe e se existe eu nao conheço, vamos abrir a noite, abri-la como uma musica de Jazz, percorre-la em um barco azul de borracha, enforcar a memoria, desvendar os segredos, descobrir derrepente uma ilha que nasce dentro do seu vestido, chamar-lhe de madrugada e adormecer contigo. Amanha ao acordar, não irei surpreender-me se estiver louco por ti.

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